sexta-feira, 29 de maio de 2009

As três Santas

Com a minha primeira viagem de bicicleta, acabei tomando o gosto pelo cicloturismo. Hoje conto a minha segunda viagem pelo ES.
Nesta viagem eu estava retornando das férias em São Mateus, no dia 29/07/2007, e ainda me restavam três dias. Programei para fazer a volta das Três Santas (Santa Teresa, Santa Maria de Jetibá e Santa Leopoldina). Tinha levado a Luize comigo para São Mateus, e quando retornei, ao desembarcar do ônibus em Vitória, percebi que ao retirar a roda dianteira tinha perdido a rosca da blocagem. Como já era à noite, teria que verificar no outro dia, se conseguiria comprar uma nova ou uma usada. Minha viagem estava programada para segunda-feira cedo, 30/07, que devido a este problema não consegui sair cedo. Fui à Bike Mania, e o colega Fofão conseguiu para mim uma nova rosca para a blocagem, problema resolvido somente às 11:00h.
1º Dia - 30/07/2007.
Parti para Santa Teresa - ES às 11:30h via BR-101 passando por Fundão - ES. A serra para Santa Teresa é muito íngreme mesmo, mas estava determinado. Engatei a primeira marcha e fui embora. No final não achei tão difícil, mas também fui no meu ritmo, sem pressa de chegar até porque eu sabia que Santa Teresa não ia sair do lugar. Santa Teresa é uma cidade de belas paisagens, onde o contato com a natureza e o verde é a principal atração. Muitos turistas são atraídos ao local por essas características. Cheguei por volta das 15:30h e me hospedei na Pousada Pietrobelli, que fica na saída da cidade, lugar aconchegante e trânquilo. Desfiz a minha mala e tomei meu banho, às 19:00h fui ao centro para jantar, estava com vontade de comer uma massa, e por incrível que pareça, numa cidade com predominância italiana tive dificuldades para achar um restaurante que servisse massas e aberto, deve ser porque era segunda-feira, por fim achei um restaurante Caranguejo e Cia, mas que também servia massas, fiquei pensando se um restaurante com especialidade em caranguejo poderia servir uma boa massa. Pedi uma lasanha, e não é que a lasanha estava ótima, tenho que dar um desconto que também estava sem almoçar. Bem alimentado e com frio, a temperatura em Santa Teresa já estava em 10° C, e isso era 21:00h da noite. Voltei para a pousada e às 22:00h eu já estava dormindo.
Dados técnicos: Km: 87,38 Av: 18,34 km/h, Max: 68,0 km/h e Tm: 05h30min.
2º Dia - 31/07/2007.

Levantei cedo, por volta das 06:00h, pois queria conhecer a cachoeira Véu de Noiva. Conversando com o Sr. Julio, dono da pousada, ele me falou que durante a noite a temperatura chegou a 6° C. Tomei meu café da manhã bem reforçado e parti. A cachoeira fica a uns 22 km da cidade, sendo 14 km só de estrada de chão, a estrada estava excelente, e entre subibas e descidas alucinantes, mais as chuvas esporádicas, com 01 hora eu cheguei. É muito bonito o local, a cachoeira fica no meio da mata, vale à pena conhecer, só não tomei banho por que estava muito frio. Retornei para a cidade, e ao chegar encontrei com uma vizinha de São Mateus que agora mora em Santa Teresa, a Katiane, que ficou revoltada que não tirei uma foto com ela para registrar o momento, na hora nem me toquei que poderia estar registrando. Cheguei à pousada e dei logo uma lavada na Luize que ficou muito suja por causa da lama. Comecei a arrumar as minhas coisas e me despedi do pessoal da pousada que me deixou até levar umas frutas do pomar, peguei algumas mexericas. Fui ao centro conhecer a Praça Augusto Ruschi. Saí às 14:00h pela ES-261, na rodovia Waldir Loureiro de Almeida, rumo a Santa Maria de Jetibá que não fica muito longe, são 28 km de distância, e às 15:45 eu já estava na cidade. Willkommen (Seja bem vindo em Pomerano)! Santa Maria de Jetibá é um município tipicamente pomerano e um dos maiores produtores de ovos do país, uma prova disto é que as latas de lixo pela cidade são em formato de casca de ovo. Parei na Praça Florêncio Augusto Berger para tirar umas fotos, dei uma pesquisada nos hotéis e me hospedei no Hotel Pommerhaus. Tive um pouco de dificuldade para levar a Luize para o quarto, pois a recepcionista não queria deixar, falando que podia deixá-la na garagem, imagina! Finalmente consegui levar a Luize para o quarto comigo.
Desfiz a minha mala, chupei umas mexericas cortesia da Pietrobelli e depois tomei meu banho para relaxar. Às 19:00h saí para jantar e novamente o meu pedido era lasanha, bastante carboidrato para preparar para o próximo dia. Jantei no Papytu, só que aqui a especialidade era lasanhas. Não tive erro na pedida, muito boa a refeição e mais um suco para fechar a conta, e outro por cortesia da casa! É verdade, teve cortesia da casa. Eu adorei. De barriga cheia às 21:00 eu já estava no hotel dormindo.
Dados técnicos (Cachoeira Véu de Noiva): Km: 47,37 Av: 22,04 km/h, Max: 47,31 km/h e Tm: 02h15min.
Dados técnicos: Km: 28,02 Av: 18,8 km/h, Max: 67,5 km/h e Tm: 01h29min.
3º Dia - 01/08/2007.

Nossa, como faz frio em Santa Maria, conseguiu ganhar de Santa Teresa! Levantei cedo, às 06:30h, tomei o meu café e fiquei aproveitando um pouquinho do frio da cidade. Estava frio mesmo! Arrumei as minhas coisas e parti rumo a Santa Leopoldina às 08:00h pela ES-355. Com o frio que estava fazendo fui obrigado a sair de calça comprida e casaco de moletom. As estradas desta região são muito agradáveis para se percorrer, cercado de matas, corredeiras e belezas naturais, fica fácil e prazeroso andar por aqui. Ao longo do passeio passei pela barragem do Rio Bonito, que forma um lago de 22 km de extensão, e pude presenciar o início do processo das chuvas, com a evaporação das águas do lago. Passei também pela Barragem da Suíça onde pude recarregar as minhas baterias na Usina Hidrelétrica da Suíça. Próximo de chegar a Santa Leopoldina eu passei pelo Sumidouro do Funil, onde o Rio Santa Maria desaparece por quase 1 km por debaixo das pedras. Aproveitei para conhecer a Cachoeira da Fumaça, que com a seca não tem nada de fumaça. A cachoeira fica numa propriedade particular, mas que é liberado para o público, e o dono liberou a minha entrada, como era dia de semana não estava movimentado, mas ele me disse que o local é bem frequentado nos finais de semana. O local é tão lindo que não resisti e tive que tomar um banho, mesmo com a água super gelada. Tudo de bom esta cachoeira, valeu a pena, lembro dela até hoje! Quando fui colocar a minha roupa novamente, para minha surpresa, um Louva-Deus estava sobre o meu capacete, e aproveitei a oportunidade para agradecer a Deus por esta viagem abençoada. Obrigado Senhor! Triste por ter que partir, mas tenho que ir.
Ao sair da cachoeira, ao lado tinha uma plantação de mexerica, e não deixei de levar umas comigo. Às 11:00h eu já estava no centro de Santa Leopoldina, passando pela Av. Presidente Vargas, a principal da cidade e a única. Passei no Museu do Colono para conhecer só que estava fechado para visitação, uma pena. Segui viagem rumo a Cariacica, e próximo ao limite entre os municípios parei para tomar uma merecida água de coco e comer um pão com linguiça delicioso.
Continuei e chegando ao município de Cariacica ao longe você já avista o Monte do Moxuara, símbolo do município. Parei na casa de meu primo Juliano e do meu afilhadinho Dudu para visitá-los, o Dudu fez uma festa. Cheguei a casa deles em Jardim América era umas 16:00h, bati um pouco de papo e fiz uma pausa para o descanso. Despedi-me deles e fui para casa, que ainda faltavam 13 km, passei pelo centro de Vitória, pela Av. Beira Mar e chegando à Praça dos Namorados parei para tomar um milk shake e como já era final de viagem e a grana estava pouca, ganhei um novo agrado da vendedora Luciana do Bob's que me fez um preço especial no ovomaltine 700 ml. Obs: Não aconselho este tipo de alimentação, esta deve ser bebida com moderação. Estava uma delícia e "cavalo dado não se olha os dentes". Bem, cheguei em casa às 18:30h e um pouco cansado, mas posso dizer que aproveitei bem as minhas férias, até o último minuto, literalmente.
Dados técnicos: Km: 106,42 Av: 18,8 km/h, Max: 71,2 km/h e Tm: 05h39min15seg.



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